"Das certezas assombrosas
Prefiro minha mansidão.
Tal como outrora
Quando ainda lhe era solidão.
Porém, não mais
Agora tenho os lábios teus
Ainda digo mais
Agora tens os lábios meus
É como cheiro de laranjeiras
Cujo bairro nunca conheci
Memórias críticas de cor inteira
Que se passam e ficam aqui.
É uma canção ou um poema...
É um bolo, um pão...
É a solução do meu dilema...
É a rima da minha canção.
É o sonho que faz suar o corpo
É o corpo que sua ao sonho
É o gosto do corpo louco
É o louco do gosto em sonho
É o cheiro e o barulho
O incenso e a música zen
É o vento que se enrosca ao muro
E o tempo que nos faz reféns
Deixo aqui o meu testamento
Pois de amores morrerei
Pois não tenho muito tempo
A não ser para um beijo... Dois ou três!"
R.N.S.
0 comentários:
Postar um comentário